quarta-feira, 6 de março de 2013

Artes 1º - Guernica


Guernica – a trágica e clássica obra do pintor cubista Pablo Picasso – nasceu das impressões causadas no artista pela visão de fotos retratando as consequências do intenso bombardeio sofrido pela cidade de Guernica, anteriormente capital basca, durante a Guerra Civil Espanhola, em 26 de abril de 1937.

Este painel, produzido em 1937, é então exposto em um pavilhão da Exposição Internacional de Paris, no espaço reservado à República Espanhola. Este trabalho é grandioso, em todos os sentidos, tanto na catástrofe bélica que reproduz, quanto no seu tamanho, pois ele mede 350 por 782 cm. Elaborado em tela pintada a óleo, é um símbolo doloroso do terror que pode ser produzido pelas guerras.


Guernica

Esta obra universal traz em si o impacto provocado por todo e qualquer confronto bélico, não só o vivenciado pelos habitantes de Guernica, destruída pela mortífera aviação alemã comandada pelo nazista Adolf Hitler, aliado do ditador espanhol Francisco Franco. Diretamente atingido pela visão desta violência sem igual, Picasso leva um mês e alguns poucos dias a mais para produzir sua obra-prima, que é concebida depois de não menos que 45 estudos anteriores.

Imediatamente este trabalho assume o caráter de representante artístico universal na condenação deste ato selvagem. As imagens que emanam desta tela transcendem os próprios fatos, alcançando, quase profeticamente, futuros embates que, hoje, se traduzem em guerras que pipocam aqui e ali em áreas que chegam a atuar como cobaias para que novos armamentos sejam testados, principalmente os eficazes bombardeios de saturação.

Picasso concebeu sua obra em preto e branco, com alguns traços amarelados, traduzindo assim os intensos sentimentos que o abalaram na destruição de Guernica, sua rejeição a tamanha violência. Sem dúvida nenhuma constituída em estilo cubista, o pintor nela reproduz o povo, os animais e as construções atingidas pelo bombardeio.

A própria recorrência ao recurso conhecido como ‘collage’ evidencia as intenções emocionais do artista. Ele não cola simplesmente as imagens na tela, mas as pinta, simulando o ato da colagem. Assim ele tece um espaço renovado e original, não obtido por meio de técnicas ilusórias, mas sim pela justaposição de imagens cortadas na perspectiva plana, em tonalidades pretas e cinzas, perpassadas por luzes brancas e amarelas, atingindo a impressão de uma falta completa de cores, que aqui lembram sem dúvida a morte.

O pintor representa em Guernica, com certeza, a dissolução da existência, que se resume a fragmentos, a transformações na anatomia dos seres retratados, de certa forma irreais, mas que ao mesmo tempo transmitem o absurdo significado ou a absoluta falta de sentido da realidade gerada pela guerra.

Este painel, que hoje está exposto no Centro Nacional de Arte Rainha Sofia, em Madri, ainda transmite todo terror vivenciado por Picasso e seus contemporâneos durante a Guerra Civil Espanhola. E clama pela construção de um mundo renovado, tecido pela presença constante da paz e da tolerância. Esta obra será eternamente o símbolo da destruição que o Homem pode perpetrar, mas também de seu potencial para o entendimento e a convivência com o Outro.


CUBISMO

O cubismo é um tipo de arte considerada mental, ou seja, desliga-se completamente da interpretação ou semelhança com a natureza, a obra tem valor em si mesma, como maneira de expressão das ideias. A desvinculação com a natureza é obtida através da decomposição da figura em seus pequenos detalhes, em planos que serão estudados em si mesmos não na visão total do volume. Desta forma, um objeto pode ser observado de diferentes pontos de vista, rompendo com a perspectiva convencional e com a linha de contorno. As formas geométricas invadem as composições, as formas observadas na natureza são retratadas de forma simplificada, em cilindros, cubos ou esferas. O cubismo nunca atravessou o limite da abstração, as formas foram respeitadas sempre. As naturezas mortas urbanas e os retratos são temas recorrentes neste movimento artístico.

sexta-feira, 1 de março de 2013

Artes 1º



A Pietá de Michelangelo é de admirável perfeição. Nos encanta e inquieta ao mesmo tempo
A Pietá de Michelangelo é a perfeita visão de anatomia humana modelada pelas mãos de nosso grandioso artista aos 23 anos de idade.
A virgem Maria segura o filho Jesus morto nos braços, uma cena trágica, porém inspirou Michelangelo em mais uma de suas importantes criações conhecida como "A Pietá de São Pedro" ou simplesmente a "Pietá de Michelangelo."
A Pietá foi esculpida no melhor mármore do mundo, o mármore de Carrara.
A polidez do mármore realça a beleza, a doçura e a jovialidade da virgem. Nenhum detalhe nesta obra fica inacabado, ela foi totalmente polida e finalizada.
O contrato da Pietá foi firmado em 1498, e a encomenda foi feita por Jean Bilhères de Lagraulas, cardeal francês no papado de Alexandre VI. Lagraulas pretendia colocar a escultura de mármore em seu memorial.
Dentro de um ano, em 1499 a Pietá foi concluída. O contrato foi cumprido fielmente em todas as suas cláusulas no que diz respeito ao prazo, perfeição e beleza da escultura.
O cardeal Lagraulas faleceu antes de ver a sua encomenda finalizada, mas, de acordo com sua vontade a escultura inicialmente foi colocada na capela dedicada a nação francesa no Vaticano(Santa Petrolina).
Em 1749 a imagem foi transferida para a capela de Nossa Senhora das Febres(velha sacristia de São Pedro).
Hoje se encontra na Basílica de São Pedro no Vaticano, no lado direito de quem entra na igreja.
Em 1972, aconteceu algo inusitado que nos separou de apreciar de perto a bela Pietá. Um louco entrou na igreja de São Pedro e golpeou com um martelo a cabeça da virgem, atingindo de cheio o olho esquerdo e a ponta do nariz da belíssima escultura.
Por causa deste ato de Vandalismo, foi colocada uma redoma de vidro inquebrável para proteger a escultura de Michelangelo.
A perfeição da Pietá encantou e ainda encanta os visitantes e inquieta os artistas.
Michelangelo compôs a imagem de Jesus dentro da limitação do corpo da virgem, de modo que este coubesse no manto e assim nos dá a idéia da ligação entre mãe e filho.
"Giorgio Vasari"(pintor e arquiteto italiano conhecido por suas biografias de artistas italianos), registrou: "É de maravilhar que, a mão do artifício, pudera divina e propriamente fazer em pouquíssimo tempo algo tão admirável."
Penso que devido a tamanha beleza e perfeição, Michelangelo autenticou a sua Pietá o que não fez com as outras obras.
1-      Quais sentimentos você consegue identificar na escultura La Pietá?
2-      E em você quais sentimentos são despertados?
3-      Como você relaciona os sentimentos provocados pela obra La Pietá com a vida cotidiana das mães de hoje em dia?